o outro era fábrica
um joão era lúdico
o outro era lúcido
um joão era música
o outro era músculo
um joão
prosa
com passo de
poesia
a alquimia do verbo
o outro
a geometria
do verso
poesia
em tempos de
prosa
um joão era mágico
o outro lógico
um era mítico
o outro nítido
um joão
milagre
agreste
o outro
um deles se desdobrava em
fases
já o outro corpo lunar
se delimitava em partes
coisa linear
um joão era róseo
a rosação das roseiras: frondoso
como o são francisco
esse rio pau enorme
esse joão
rosa
o outro era cabraplanta fibrosa e negra: espesso
como o rio capibaribe
esse cão sem plumas
esse joão
cabral