vê-se Marte amortecido
na mortalha que o amor
teceu; Vênus observa
não se sabe o quê, absorta
em divinos devaneios.
No torso do deus
desfalecido, o branco
glacial é frígida labareda
cristalizada em carne, luz
da estrela polar atravessando
a névoa — ou será
a estrela Sirius? —;
sacrílego lírio ardente,
sereno círio estelar.
Poema publicado na revista Gente de Palavra, nº 20 (que pode ser baixada aqui).
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